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(NÃO MEXER)

Para Alguns, É De Valor Inestimável...


PARA ALGUNS, É DE VALOR
INESTIMÁVEL,
JÁ PARA OUTROS, O VALOR É
ORDINÁRIO.
“Conselho é a mais comum das moedas correntes – e a de menos valor.”
Ambrose Bierce – Ensaísta americano.

“De nada adianta as pessoas fazerem as coisas,
simplesmente por terem sido aconselhadas a fazê-lo,
mas murmurando o tempo todo; seria melhor que não as fizessem.
Há pessoas que professam ser santos mas estão muito propensas a murmurar e a apontar defeitos,
quando lhes é dado um conselho contrário a seus sentimentos,
mesmo quando elas próprias pediram esse conselho;
muito mais quando lhes é dado um conselho sem que tenha sido pedido
e ele não concorda com a noção que elas têm das coisas;
mas irmãos, esperamos coisas melhores de muitos de vocês;
confiamos que desejem conselhos, de tempos em tempos,
e que os aceitarão com alegria, sempre que os receberem da devida fonte.”
Profeta Joseph Smith – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, Lição 16, p.208.

       O que ninguém quer ouvir: Conselhos.
       No entanto, pagamos para ouvi-los, por exemplo, quando vamos ao médico ou a um advogado; e ainda assim, a maioria sai do consultório e não seguem estes conselhos de profissionais. Temos por natureza, o ato da rejeição em seguir conselhos, isto tem um nome, chama-se, orgulho.
       Duro dizer, mas os melhores conselhos estão entre os mais rejeitados.
       De todas as origens possíveis, os conselhos mais sábios e puros vêm de Deus; não precisamos de dinheiro, não há acepção em recebê-los, seja para o pobre ou rico, jovem ou adulto, solteiro ou casado; no entanto, entre os conselhos mais desprezados, estão também, os conselhos divinos.
       Outra origem de conselhos que em muito é fiel e os mais próximos da divindade, vem da boca daqueles a quem mais nos amam nesta terra, os nossos pais. Duro novamente dizer, estão estes também, entre os mais rejeitados.
       Outro rara origem de conselhos que considero de grande valor, são os que são procedentes da boca de um leal e fiel amigo. Incrível, às vezes, valem mais aos ouvidos do que os conselhos divinos e ou mesmo, os conselhos de nossos pais. E, pergunto, por quê? É um mistério. Penso que, por já ter ouvido os mesmos conselhos, da origem divina, depois da boca de seus pais e ainda por uma terceira vez, da boca de um amigo, esta repetição, seja o sustentáculo da mensagem orientadora.
       O Senhor geralmente atende as nossas necessidades, através de outras pessoas.

                “Deus sabe de nós e vela por nós. Mas, geralmente, é por intermédio de outra pessoa mortal que Ele satisfaz nossas necessidades. Por isso, é vital que nós sirvamos uns aos outros no reino (...)  Muitas vezes, nossos atos de serviço consistem de um simples incentivo ou em oferecer ajuda material, mas como são gloriosas as consequências que podem provir de pequenos atos e feitos, porém intencionais.”
                Presidente Spencer W. Kimball – A Liahona, dezembro de 1976, p.1.

       A maioria das pessoas só procuram conselhos quando muito precisam e geralmente já estão em situação crítica e ou, de miséria.

                “Alguém escreveu:
                               Com mãos irrefletidas e impacientes
                               Embaraçamos os planos
                               Que o Senhor criou.
                               E, quando choramos de dor, Ele diz:
                               “Fique quieto, homem, enquanto eu desfaço o nó”.
                               (Autor Desconhecido)
                Presidente Boyd K. Packer – Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos – A Liahona, Novembro de 2009, pp. 46.

       Quanto maior a nossa soberba, maior é a nossa rejeição por qualquer conselho que recebamos.
       A mais triste das situações, é quando negamos aquilo que sabemos ser a verdade.
       Quando não desejamos ser descobertos em nossos erros, procuramos nos justificar, e assim, impomos defeitos nos outros, e ao insistirmos neste mal, passamos a caminhar para as acusações falsas e infundadas; leiamos 2 Néfi 1:26, onde Leí corrige a seus dois filhos, Lamã e Lemuel sobre o justo comportamento de Néfi:
               
                “E por ele (Néfi) ter-vos falado claramente, haveis murmurado. Dizeis que ele foi severo; dizeis que se enfureceu convosco. Eis, porém, que sua severidade era a severidade do poder da palavra de Deus que estava nele; e o que chamais ira era a verdade segundo se acha em Deus, a qual ele não pôde refrear, tendo-vos mostrado corajosamente vossas iniquidades.”

       A extraordinária capacidade de Leí em enxergar as verdades a sua volta, nos deu este privilégio em entender a situação caótica em que seus dois filhos, Lamã e Lemuel haviam chegado; quando Leí falou “O que chamais ira era a verdade.” Ele, Leí, estava se referindo ao injusto julgamento de seus dois filhos mais velhos em classificar Néfi como um homem cheio de ira por falar a verdade, de uma forma severa e corajosa.

                “Leí censurou Lamã e Lemuel por queixarem-se de Néfi, dizendo que lhes falara “coisas duras”. (1 Néfi 16:3.) Observa Leí: “O que chamais ira era a verdade.” (2 Néfi 1:26.) Quantas vezes vós e eu, irmãos, podemos cometer o mesmo erro! A verdade crua machuca, mas ao lancetá-la conseguimos drenar o orgulho.”
                ÉLDER NEAL A. MAXWELL – A Liahona, Janeiro de 1990, p.91.

       Queremos resultados rápidos e com pouco ou nenhum esforço.
       Queremos mais os próprios resultados do que meios para realizá-los.
       Queremos menos conselhos e mais o produto final de nossos desejos, ali, e de graça, à nossa frente.

                Alguém disse:
                “O Senhor mais aprova do que sugere.”

       Um conselho, em sua natureza solidária, traz consigo, o melhor de um amigo.
       Só podemos dar ou compartilhar o que verdadeiramente possuímos de legítimo dentro de nós. Sendo tal, de todos os conselhos, nenhum é mais nobre e verdadeiro e possui mais conteúdo e promessas de sucesso, do que os conselhos sábios do Pai Celeste.
       São como remédios, quando seguimos a bula e tomamos em sua dosagem correta, alcançamos a cura.
       Um conselho bem recebido, é como uma semente ou uma muda que nos é presenteada, é como uma flor que germinou em nosso jardim.

                “Vossas amizades mais sólidas devem ser vossos próprios irmãos e irmãs, e vosso pai e vossa mãe. Amai vossa família. Sede leais a vossos familiares. Preocupai-vos genuinamente com vossos irmãos e irmãs. Auxiliai-vos a carregar vossos fardos, para que possais dizer como na letra da canção, “ele não é pesado, ele é meu irmão” (Bob Russell, “He Ain´t Heavy”, Lynbrook, N.Y.: Harrison Music Corp., 1969),
                Presidente Ezra Taft Benson – A Liahona, janeiro de 1987, pp. 82.

                “Não me importa qual seja o caráter de um homem; se ele for meu amigo — um verdadeiro amigo, serei seu amigo e pregarei o Evangelho de salvação a ele e lhe darei bons conselhos, ajudando-o a sair de suas dificuldades.”
                Profeta Joseph Smith – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, Lição 40, p. 487.

       De todas as formas, a palavra é a maneira mais comum de dar ou receber conselhos; mas há, conselhos que não se recebem pelos nossos ouvidos, diferentemente, eles são enxergados ou mesmo, sentidos.
       Vejamos:    
       Quando estamos dirigindo um veículo e nos deparamos diante de um semáforo em posição de sinal vermelho, não ouvimos ninguém nos dizer das penalidades que sofreremos ao avançar e cometer a infração. Mas o conhecimento que possuímos das leis de trânsito, soa como um conselho a nós.
       Quando colocamos o feijão para cozinhar na panela de pressão, e esquecemos o tempo certo de apagar a chama, logo sentimos “o cheiro do conselho” dizer-nos para correr e tirar a panela do fogão.
       Quando somos tocados e sentimos algo muito frio ou mesmo quente, rastejante ou gosmento em nossa pele, ou de qualquer outra natureza, a mente rapidamente dá o sinal de alerta, é uma espécie de conselho que diz: “Cuidado...”
       De todas as formas de dar ou receber conselhos, nenhuma é tão poderosa e ao mesmo tempo, doce e sutil, do que o toque e sentimentos advindos do Espírito Santo.    A maneira como o Senhor nos aconselha, é a forma mais prudente, completa e amorosa que já senti.
      
                “O Espírito Santo é como um sextante.
       Por séculos os marinheiros encontravam seu caminho através de oceanos não demarcados olhando para os céus com um sextante como este. Eles usavam um pequeno espelho para captar a luz das estrelas à noite, ou a luz do sol, durante o dia. A partir dessa luz, eles encontravam o rumo e estabeleciam seu curso.
                Este pequeno sextante foi utilizado por um pescador que saía de barco a remo para o Oceano Atlântico da costa da França para pescar. Se ele se afastasse para além do horizonte ou fosse arrastado para fora do curso por uma tempestade, poderia olhar para este sextante e encontrar o rumo para casa.
                A luz do céu pode impedir que o pescador se afaste do rumo. A influência do Espírito Santo irá impedir que vocês se percam por caminhos proibidos.“
                Pres. Boyd K Packer – Primeira Reunião Mundial de Treinamento de Liderança – 11 de janeiro de 2003, p.3-4.

       “Quando o Espírito de Deus fala ao espírito do homem, tem o poder de comunicar a verdade com muito mais eficácia e clareza do que até mesmo o contato pessoal com seres celestiais. Por meio do Espírito Santo, a verdade enraíza-se nas próprias fibras e nervos do corpo, de maneira a não ser esquecida.”
                Presidente Joseph Fielding Smith - Ensino, Não Há Maior Chamado, p.41.

A Vida E O Tempo Ou O Tempo E A Vida


A Vida E O Tempo ou
O Tempo E A Vida
Qual é mais importante, a vida ou o tempo?

A vida mortal é temporária e, comparada à eternidade, infinitamente pequena.
Se uma gotícula microscópica de água representasse a duração da vida mortal, por comparação,
todos os oceanos da terra juntos não poderiam sequer começar a representar a vida imortal.
Élder Boyd K. Packer – A Liahona julho de 1991, p.9.

Muitas pessoas morrem com suas sinfonias ainda inacabadas.
E qual será o motivo? Em geral é porque elas estão sempre se preparando para viver.
E antes que se apercebam, já não há mais tempo.
Tagore (Sir Rabindranath Tagore – Poeta Hindu – 1861-1941)
expressou pensamento similar nestas palavras:
“Passei meus dias encordoando e desencordoando meu instrumento,
enquanto que a canção que vim para executar continua sem ser executada.”
Oliver Wendell Homes – Médico e Autor Norte Americano – 1809-1894, O Milagre do Perdão p.27.

O desperdício é injustificável, especialmente o desperdício de tempo –
limitado como ele é durante os dias de nossa provação.
O ser humano deve viver, não apenas existir; ele deve agir,
não apenas ser; ele deve crescer, não apenas vegetar.
Presidente Spencer W Kimball – O Milagre do Perdão p.94.


                Conheci um homem, deveras, um homem muito bom; por estar perto dele durante consideráveis partes de minha vida, muito em mim, espelhei-me nele. Posso dizer que ele era realmente um homem honesto, muito trabalhador e nunca o vi mentir; tinha força e determinação em fazer o que desejava, quando resolveu abandonar certos maus hábitos que lhe faziam mal a saúde, o fez de forma firme e decidida; era totalmente um homem de família e uma generosidade como a poucos conheci nesta vida; não tenho nenhuma lembrança dele agredindo alguém, seja em palavras ou fisicamente; mas era bem posicionado no que acreditava e bastante crítico, principalmente quando o assunto, era religião. Viveu bem e morreu idoso, mas, em sua velhice, percebi que em alguns momentos em sua vida, parecia estar um pouco preocupado com a possível chegada da morte. Esse, o dia da morte, é um dia que todos nós iremos experimentar, sim, a sensação de que o nosso tempo está se esgotando e que tudo o que fizemos ou foi, por nós  produzido nesta terra, talvez não seja o suficiente para uma viagem perfeita e agradável além da morte.

                “O descrente se agarrará a tudo que puder até encarar a morte e então sua incredulidade desaparecerá, porque as realidades do mundo eterno estarão diante dele com vigorosa força; e, quando todo apoio e auxílio terrenos falharem, então sentirá profundamente a veracidade eterna da imortalidade da alma. Devemos tomar cuidado e não esperar até o leito da morte para arrepender-nos; porque vemos bebês serem levados pela morte, e também os jovens e os de meia-idade, tal como o bebê podem ser subitamente chamados para a eternidade. Que seja um aviso para todos não procrastinar o arrependimento ou esperar até o leito de morte, porque é a vontade de Deus que o homem deve arrepender-se e servi-Lo na saúde, força e poder de sua mente, para assegurar Suas bênçãos, e não esperar até que seja chamado para morrer.”
                Profeta Joseph Smith – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, Lição 05, p.78.

                Há um tempo para todas as coisas, -Tudo tem o seu tempo determinado, e todo propósito debaixo do céu tem o seu tempo:” (Eclesiastes 3:1) - disto todos nós sabemos, mas infelizmente, como dá a entender em uma das citações acima, passamos nossa vida “fazendo um monte de coisas que somando, é igual a nada” e não fazemos aquilo para o qual fomos enviados a realizar nesta terra.
                A medida do tempo é perfeitamente igual para todos, ricos ou pobres, jovens ou adultos, justos ou injustos; hoje, já em uma idade mais madura, eu penso no passado, e vejo o quanto desperdicei tempo em minha vida. Fico preocupado, mas não apavorado, porque imagino que sendo Deus, um Pai bondoso, Ele já tenha computado este período de desperdício de nossos dias e assim, nos concedeu um bônus extra em dias a mais de vida.
                Há uma multidão de “bons motivos” para que cometamos o pecado do desperdício do tempo, o nome que se dá a este pecado, é a procrastinação. O melhor conselho neste caso é não ficar perdendo mais tempo, principalmente em ficar a lamentar o que já se passou; é preciso parar os maus hábitos, pois são eles, estes nossos vícios, que consomem mais do nosso tempo.         

                “Existem tantas coisas fascinantes e envolventes que deseja fazer ou tantos desafios que o oprimem a ponto de impedi-lo de dar atenção ao que é essencial? Quando as coisas do mundo se avolumam, com demasiada frequência as coisas erradas assumem a maior prioridade. Então, torna-se fácil esquecer o propósito fundamental da vida. Satanás conta com uma ferramenta eficaz para usar contra as pessoas boas. É a distração. Ele faz com que as pessoas preencham a vida de “coisas boas” de modo a não deixar espaço para o que é essencial. Você já caiu inconscientemente nessa armadilha?”
                Élder Richard G. Scott – Do Quórum dos Doze Apóstolos – “Primeiro o Mais Importante” – A Liahona Abril/2001.

AS MUITAS MANEIRAS QUE PODEMOS DESPERDIÇAR O TEMPO DE NOSSOS DIAS NESTA VIDA TERRENA.
DESPERDIÇANDO NOSSO TEMPO COM FUTILIDADES
               
                “Conheci, recentemente, um rapaz inteligente e com grande potencial. Ele estava indeciso quanto à missão e resolveu não frequentar a universidade agora. Em seu tempo livre, só faz o que gosta de fazer. Não trabalha porque não precisa e porque isso lhe roubaria horas de lazer. Passou pelas aulas do seminário sem se preocupar muito em aplicar na vida pessoal o conhecimento adquirido. Aconselhei: “Você está fazendo escolhas hoje que parecem dar-lhe tudo o que quer: uma vida fácil com entretenimento abundante e pouco sacrifício. Pode fazer isso por algum tempo, mas cada decisão que tomar limitará seu futuro. Você está eliminando possibilidades e opções. Muito em breve chegará o dia em que passará o resto da vida fazendo coisas que não quer e em lugares em que não deseja estar, pois não se preparou. Você não está aproveitando suas oportunidades.”
                Élder Richard G. Scott – Do Quórum dos Doze Apóstolos – “Primeiro o Mais Importante” – A Liahona Abril/2001.

                Creio que o desperdício, não se dá, tanto pelo fato “do que fazemos”, mas sim, é mais, “por quanto tempo o fazemos”. Não há nada de errado em passear, dormir, divertir, descansar, navegar na web e ler; o mal se somará na medida em que insistimos naquilo que nada nos edifica e ou, que não contribua para o valor e crescimento de sua ou da alma de nosso próximo. O nome que damos a insistência em fazer coisas sem significância para a alma, é o mesmo nome que se dá para aquele que passa os seus dias na preguiça, é o, ócio, ou seja, o ocioso.
                O tempo despendido na ociosidade, é tudo que não soma, não edifica e não contribui para o bem; pode-se ser comparada a situação imaginária de um homem que recebeu uma pequena fortuna, e ao longo de sua vida, desfrutou do consumo de muitas coisas boas, mas, supérfluo; e chegando o fim de sua riqueza, vendo-se rodeado de dívidas, resolveu vender algum de seus bens adquiridos para saldar compromissos e manter-se vivo; qual foi sua surpresa, ao perceber que não havia adquirido bem algum que fosse de interesse ou de natureza comercial. Não adquiriu nenhum imóvel, não fez nenhum investimento em ações ou na bolsa de valores, nenhuma reserva em uma conta de poupança, nada que fosse sólido; ele possuía muita coisa, mas ao final, tudo não passava de futilidades.
               
                “De todo o tempo que foi concedido ao homem na terra, nenhum lhe foi dado para perder ou desperdiçar. Depois que obtemos o descanso que nos é necessário, não existe um dia, hora ou minuto que possamos passar ociosamente. Devemos usar cada minuto de todos os dias da vida para desenvolver nossa mente e aumentar a fé no santo evangelho, em caridade, paciência e boas obras, para que possamos crescer no conhecimento da verdade, conforme foi dito, escrito e profetizado.”
                Presidente Brigham Young – Discursos de Brigham Young p.290.

DESPERDIÇANDO NOSSO TEMPO FAZENDO DÍVIDAS E PRATICANDO A DESONESTIDADE

                “Samuel Johnson disse: "Se não se acostumarem a considerar a dívida como uma inconveniência, descobrirão que ela se tornará uma calamidade".”
                Élder Joe J. Christensen - A Liahona julho de 1999, p.11.

                Pouca coisa na vida me consumiu mais tempo do que quando nas vezes em que me endividei. Talvez, o desonesto não sofra este tormento em pensar como vai saldar isto ou aquilo que deva; mas, para mim, muito de meu tempo ficou perdido em buscar “um momento mágico de dentro da cartola” para que aparecesse algum recurso financeiro e pagasse minhas dívidas e pudesse voltar a viver novamente em paz. Em certo altura de minha juventude, quando estando consideravelmente endividado, perdia tempo em planejar um trajeto pelo qual iria passar, para que assim pudesse “fugir” dos cobradores. As dívidas assumidas nunca acontecem bruscamente, mas geralmente começa com os desejos de consumos inapropriados; seria o mesmo que desejar algo, por que não tenho, mas meus amigos possuem; nestas horas, há uma frase perigosa que se faz vencer em nossa mente, “Eu mereço”; enfim, as dívidas de compras inadequadas são frutos de nossa inveja, orgulho e cobiça e geralmente são objetos e serviços de supérfluos.

                “É uma regra em nossa vida financeira e econômica, em qualquer lugar do mundo, que devemos pagar juros pelo dinheiro que tomamos por empréstimo. (...)
                O juro nunca dorme, nem fica doente nem morre; ele nunca vai para o hospital; trabalha nos domingos e feriados; nunca tira férias; nunca visita alguém, nem viaja; nunca se diverte; nunca deixa de trabalhar nem é despedido do emprego; nunca reduz sua carga de trabalho. (...) Quando você faz uma dívida, o juro é seu companheiro a cada minuto do dia e da noite; você não pode fugir nem escapar dele; não pode mandá-lo embora; ele não cede a súplicas, exigências ou ordens; e sempre que você ficar em seu caminho, cruzar a frente dele, ou deixar de cumprir suas exigências, ele o esmaga.”
                Presidente J. Reuben Clark Jr. – Citado Por  Presidente  Thomas S. Monson – A Liahona maio de 2005, p.20.

                Outra lembrança de quando estava seriamente endividado, foi quando minha mãe passando ao lado do meu quarto e vendo-me deitado, percebeu que eu estava por demais concentrado e com um olhar penetrante e fixo no teto, então me perguntou: “_ Tá devendo né meu filho?”.
                As dívidas, além do nosso tempo, consomem também a nossa paz, atormenta a própria alma, não dá descanso; rompe nossa rotina e bagunça nossos planos; tira o sabor e a alegria do dia a dia, é como um câncer, pois por mais que desejamos dele fugir e ou enganar, no final, lá está ele, o companheiro indesejado.  Passava eu os meus dias, aborrecido, alterava o meu viver, adiava os meus sonhos.        
                Torna-nos, um escravo; as coisas ainda podem em muito piorar, pois a nossa tendência é procurar a quem nos possa socorrer, geralmente os amigos; passamos a fase dois da desonestidade; a primeira, comprar sem ter garantias reais de recursos para saldar os compromissos assumidos, a segunda, tornar o nosso fardo, o fardo no ombro do alheio; já cometemos um erro no primeiro passo, agora, para descanso próprio, assumimos outro compromisso para tampar um “buraco negro” que nos suga o descanso e a paz; mas fazer isto, pedindo emprestado para outra pessoa, pior ainda, sabendo que as chances reais de cumprir este pagamento são mínimas ou nulas, é canalhice e deslealdade nossa.

                “Um homem que contrai dívidas, quando não tem qualquer meio de pagá-las, não compreende os princípios que devem prevalecer numa comunidade bem organizada, ou é propositadamente desonesto.”
                Presidente Brigham Young – Discursos de Brigham Young p.304

                “Já é uma atitude bastante degradante ao caráter de qualquer ser humano tomar emprestado de um inimigo e não reembolsá-lo, porém todos os que tomam emprestado de um amigo, especialmente de um que é pobre, e não lhe pagam, não merecem conviver com os santos.”
                Presidente Brigham Young – Discursos de Brigham Young p.304.

Quando O "Impossível" É O Nome Do Caminho A Seguir


Quando o
“Impossível”
É O Nome Do Caminho A Seguir
               
                Mateus 13:9, 13-16.
                Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
                Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e ouvindo, não ouvem nem compreendem.
                E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e vendo, vereis, mas não percebereis.
                Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure.
                Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem.

                Imaginemos juntos:
                Moisés, fugindo do poderoso Faraó do Egito, este mesmo, que trazia consigo toda a força enfurecida de seu grandioso exército; o grande servo de Deus, Moisés, olha para os lados e vê somente um deserto sem fim, mas para um único lado somente, ele avista o mar Vermelho; sim, Moisés acabara de olhar para o “impossível”, e este era o seu caminho a seguir.
                Imaginemos juntos:
                Ester, depois de tudo parecer estar de forma perfeita em sua vida, pois fora desposada pelo próprio rei Assuero, sobreveio a ela a trágica situação de ameaça de total extinção de seu povo; olhando para os lados, viu medo, terror, traição e poderosíssimos inimigos; no entanto, ao olhar para um lado que poucos se atreveriam, viu as portas que a levaria diante do trono do rei; era a principio, o caminho para o “impossível”, mas ainda era, o único caminho a seguir.
                Imaginemos juntos:
                O Jovem José Smith, cercado de um verdadeiro show de apresentações de pastores e suas igrejas; o rapaz ao olhar para os lados, viu as mais variadas ofertas de doutrinas dos homens, mas havia um lado que ninguém enxergara, era o lado do “impossível”, o lado que levava-o ao bosque sagrado.

                Imagino, o peso mortal que desceu sobre os ombros de Moisés ao ver o Faraó e seu terrível exército e imaginar a possibilidade de seu povo ser massacrado até morte e ou, a um retorno a dura escravidão no Egito. Mas a sua fé e esperança não lhe seria em vão, logo seu povo viria a atravessar a “pés enxuto” as areias onde dantes, era o próprio mar. O caminho “impossível” se tornou o trajeto da liberdade de seu povo.
                Imagino, a rainha Ester, pensando e buscando ajuda por todos os lados, mas nada encontrando; então, na serenidade que possuía pela fé em Seu Deus, a fez romper as pesadas portas que davam-na entrada a presença mortal ou salvadora diante do rei; o que era o “impossível”, na verdade lhe trouxera a salvação eterna e livramento para o seu povo.
                Imagino, os quantos e tantos dias que em que o jovem José Smith vagueou entre discursos inflamados e promessas de salvação oferecidas por seitas e doutrinas dos homens; entre toda e possível confusão do mundo, certamente sua mente e seu coração sentiu o peso de duras dúvidas e aflições, mas a sua serenidade o fez, simples e humilde, e isto, o levou para o silencioso bosque, onde uma reposta divina o aguardava. O que parecia ser o “impossível” agora para ele, se fez luz e verdade.

                Assim é o mundo, cega a nossa mente e o nosso coração e nos faz crer que é impossível acreditar na existência de um plano perfeito de exaltação para nós, seres imperfeitos.
                Só então, quando um puro e valente facho de luz, rompendo o triste negror, desce sobre nós enquanto nos entregamos a uma humilde e sincera oração em nosso sagrado bosque do coração é que o Salvador nos ilumina com a doce verdade do evangelho e nos convida a vir e a segui-Lo. Boa parte de nós conseguiu enxergar a porta de entrada, e por ela, o batismo, muitos de nós entramos.
               
                Todos nos sentimos em algum momento desta maneira, olhando para os lados e nada enxergando de bom que estivesse dentro de uma lógica racional para o ser humano; o Senhor age de maneiras diferentes para nos convidar a segui-lo. Precisamos aprender isto, que precisamos parar de pensar como os homens comuns pensam, e aprender com o Espírito, a pensar como um Deus em perspectiva, estes, a quem como realmente somos.
                Isaías 55:8-9 - Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor.
                Porque, assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.

                Lembro-me ainda, quando o caminho do “impossível” se pôs diante de mim; cheguei a uma determinada época de minha vida e a certa situação em que o mundo perdera a graça aos meus olhos, estava tanto em revolta, como também, entediado, e a única solução para acalmar a minha mente e ao meu coração, foi orar a Deus e pedir orientações, pois eu decidira me tornar em breve, membro de uma igreja.
                Decidira que buscaria ajuda divina para saber qual era o que chamara de, a “melhor igreja”.
                Sem imaginar o quanto Deus era bondoso e gentil, fiz uma promessa de que no próximo primeiro dia, do ano seguinte, eu teria de já estar frequentando uma nova religião, e surpreendentemente, fui aos poucos sendo preparado para a chegada de uma dupla missionária; eu não sabia, mas hoje vejo que na época, anjos se movimentaram ao meu redor de forma que eu tomasse algumas decisões e tivesse forças para buscar e manter certo grau de pureza, de forma, a ser digno da presença de uma porção maior do espírito e assim estar mais suscetível ao poder e ensinamentos de Deus.
                Sem enxergar toda esta movimentação, e, ainda faltando cerca de bem menos de dois meses para vencer o prazo por mim estipulado, surgiu em minha residência, rompendo a triste e negra escuridão que permeava a minha alma, duas jovens missionárias; as mesmas estavam determinadas a fazerem a vontade de Deus e, as duas, já haviam realizado um jejum especial para reaverem o endereço de minha casa o qual haviam perdido, semanas antes.
                Quando elas expuseram a mim os ensinamentos a respeito de sua crença, balancei negativamente a minha cabeça em forma de repúdio e indignação, logo, disse eu mesmo a elas, “esta é a última igreja na face da terra que a qual eu me uniria a ela”. Naquele momento, o lado do “impossível” se erguera diante de mim como um paredão instransponível; curiosamente, naquele instante, o Senhor respondera a mim quando lhe pedira para saber qual era a “melhor igreja”, mas ao ouvir que aquela era a “única igreja verdadeira em toda a face da terra”, ceguei-me, e minha estupidez se fez frente às verdades do evangelho, pois me era impossível crer em tão grandes novidades.
                Nada que eu dizia a aquelas duas moças, faziam-nas desistir de mim; elas ouviram palavras de perfeita estupidez e ignorância vindas de minha própria boca, mas continuavam a sorrir-me, e outro jejum por parte delas, se fez necessário para assim, destruir as nuvens densas da apostasia que permeava a minha visão; oh, como sou grato a estas duas jovens imperfeitas, Sister Hoffmann e Sister Silvana, que se fizeram perfeitas diante de Deus o suficiente para serem o próprio “martelo do espírito” para assim, em um só golpe, estilhaçarem as “escamas da escuridão” que existiam sob os meus “olhos espirituais” (Atos 9:17-18.); naqueles dias, semelhantemente a Moisés e a seu povo no passado, andei a “pés enxuto” onde dantes era mar; sim, como a rainha Ester, em seu tempo, empurrei com as minhas duas decididas mãos, as pesadas portas que se abriam diante do duvidoso cetro de um rei poderoso; sim, e como ao jovem José Smith, elas, as missionárias enviadas por Deus, como um instrumento estimulador da fé, criaram para mim e ao meu redor, um ambiente puro e silencioso que eu pudesse receber a doce luz do alto, como um facho de luz, e trouxe-me assim, verdades eternas e um arder divino dentro do meu ser, e assim, disse eu: “Sim, agora eu sei”.
                Lucas 18:27- E ele disse: As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus.

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