1. Racionalizar o pecado
Esta declaração do Élder Spencer W. Kimball pode ser
proveitosa na discussão sobre a desobediência de Saul com relação aos
amalequitas:
“Saul racionalizou. Para ele, foi fácil ser obediente quanto
ao que deveria ser feito com os reis, pois, que utilidade os reis conquistados
poderiam ter? Mas por que não ficar com as ovelhas e o gado cevado? Não seria a
sabedoria do rei maior que a do humilde Samuel? (...)
Atualmente, há muitos como Saul em Israel. Uns vivem de
acordo com parte da revelação que o Senhor deu à respeito da saúde, mas tomam
uma xícara de café de vez em quando. Outros não fazem uso de fumo nem tomam
bebidas alcoólicas, até porque não têm nenhuma inclinação para isso, mas não
deixam de tomar uma reconfortante xícara de chá preto.
Uns aceitam cargos na Igreja, pois isso significa
envolver-se em uma atividade que os agrada e ser alvo de distinções pelas quais
anseiam, (...) mas é fácil racionalizarem quando têm de fazer algo tão difícil
quanto pagar o dízimo. Eles não têm dinheiro suficiente para isso (...) nem têm
certeza de que o dízimo seja empregado sempre da melhor maneira; de mais a
mais, ninguém vai ficar sabendo que eles não pagam o dízimo.
Outros assistem parte das reuniões da Igreja, mas, como
Saul, racionalizam quanto ao que farão no restante do dia. Por que não assistir
a um jogo de futebol, a um show, cuidar do jardim ou realizar negócios
normalmente?
Outros cumprem religiosamente seus deveres para com a
Igreja, mas rejeitam a idéia de fazer algo para resolver os problemas de
família ou de fazer as orações familiares, pois é difícil demais reunir toda a
família.
Saul era assim. Ele fazia prontamente o que lhe convinha,
mas arrumava uma desculpa para não fazer o que fosse de encontro a seus
próprios desejos.” [Conference Report (Relatório da Conferência Geral), outubro
de 1954, p. 51.].
VELHO TESTAMENTO – Manual Do Professor – Classe Doutrina Do
Evangelho – Lição 22, p.106.