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(NÃO MEXER)

Transgressão De Adão

Quando os homens são convidados para arrependerem-se de seus pecados, o chamado diz respeito a seus pecados individuais, não às transgressões de Adão. O que é chamado de pecado original foi expiado por meio da morte de Cristo, independentemente de qualquer ato por parte do homem; da mesma forma, os pecados individuais dos homens foram expiados pelo mesmo sacrifício, mas com uma condição: seguir o plano de salvação do evangelho quando lhes for proclamado.
PRESIDENTE WILFORD WOODRUFF – Ensinamentos dos Presidentes da Igreja, lição 7, p.73.

A Queda de Adão e Eva
A maioria das igrejas cristãs ensina que a Queda foi uma tragédia e que, se Adão e Eva não tivessem comido do fruto proibido, eles e toda a sua posteridade poderiam agora viver em felicidade interminável no Jardim do éden. Contudo, a verdade revelada aos profetas dos últimos dias ensina que a Queda não foi uma catástrofe — sem ela, Adão e Eva nunca teriam posteridade. Assim, a Queda foi um passo necessário no plano do Pai Celestial para proporcionar a felicidade eterna a Seus filhos.

Sem Morte, Sem Posteridade, Sem Progresso
“Se Adão não houvesse transgredido”, ensinou Leí a seu filho Jacó, “não teria caído, mas permanecido no Jardim do éden. (…)
E não teriam tido filhos; portanto teriam permanecido num estado de inocência, não sentindo alegria por não conhecerem a miséria; não fazendo o bem por não conhecerem o pecado.
Mas eis que todas as coisas foram feitas segundo a sabedoria daquele que tudo conhece. Adão caiu para que os homens existissem; e os homens existem para que tenham alegria” (2 Néfi 2:22–25).
Depois que Adão e Eva comeram do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, seus olhos abriram-se, e Eva rejubilou-se pelas oportunidades trazidas pela transgressão: “Se não fosse por nossa transgressão, jamais teríamos tido semente e jamais teríamos conhecido o bem e o mal e a alegria de nossa redenção e a vida eterna que Deus concede a todos os obedientes” (Moisés 5:11).
Comer do fruto trouxe a mortalidade, com suas muitas oportunidades de escolha entre o bem e o mal, e permitiu que Adão e Eva tivessem filhos. Assim, a Queda tornou possível a vinda dos filhos do Pai Celestial ao mundo, para que recebessem um corpo físico e participassem do “grande plano de felicidade” (Alma 42:8). “Portanto esta vida se tornou um estado de provação”, um período para aprendermos e crescermos, arrependermo-nos e superarmos as fraquezas, “um tempo de preparação para o encontro com Deus” (Alma 12:24).

Transgressão, Não Pecado
O Presidente Joseph Fielding Smith (1876–1972) ensinou: “Nunca me refiro ao papel desempenhado por Eva nesta queda como pecado nem acuso Adão de pecado. (…) Foi uma transgressão da lei, mas não um pecado (…), pois era algo que Adão e Eva precisavam fazer!”
No tocante a essa distinção, o Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, observou: “Essa diferença entre pecado e transgressão faz-nos pensar na escolha cuidadosa das palavras da segunda regra de fé: ‘Cremos que os homens serão punidos por seus próprios pecados e não pela transgressão de Adão’ (grifo do autor). é também semelhante a uma distinção conhecida no Direito. Alguns atos, como o assassinato, são crimes por serem intrinsecamente errados. Outros atos, como fazer uma cirurgia sem licença, são crimes apenas por serem legalmente proibidos. à luz dessas distinções, o ato que produziu a Queda não constituiu pecado — algo intrinsecamente errado — mas uma transgressão, algo errado por ser formalmente proibido. Em outras situações, essas palavras muitas vezes são usadas como sinônimos, mas é importante fazer a distinção nas circunstâncias da

Queda”.
Embora Adão e Eva não tivessem pecado, devido a sua transgressão sofreriam certas consequências, duas das quais foram a morte espiritual e a morte física. A morte física chegou a Adão e Eva no fim de sua vida terrena, mas a morte espiritual ocorreu quando foram expulsos do Jardim do éden e afastados da presença de Deus (ver Alma 42:9).

O Pecado Original
O resultado da transgressão de nossos primeiros pais, explicou o Presidente Smith, “foi o banimento da presença de Deus e (…) a introdução da morte física no mundo. A maioria (…) [dos cristãos] afirma que todas as crianças que vêm a este mundo estão maculadas pelo ‘pecado original’ ou participam da transgressão de Adão em seu nascimento. A segunda regra de fé refuta essa doutrina tola e errônea”.  Todos os descendentes de Adão e Eva herdam certos efeitos da Queda, mas por causa da Expiação de Jesus Cristo responderemos somente por nossos próprios pecados. As crianças que morrem antes da idade da responsabilidade “estão vivas em Cristo” (Morôni 8:12) e não precisam de arrependimento ou batismo (ver Morôni 8:8–11).

Os Mandamentos no Jardim
O Senhor deu mandamentos a Adão e Eva no Jardim do éden, dois dos quais eram multiplicar-se e encher a Terra (ver Gênesis 1:28) e não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (ver Gênesis 2:17). Esses dois mandamentos foram concebidos de modo a obrigar Adão e Eva a fazerem uma escolha. O Presidente Smith ensinou: “O Senhor disse a Adão que se ele desejasse permanecer no estado em que se encontrava no jardim, não deveria provar do fruto, mas se quisesse comê-lo e passar pela morte, tinha liberdade para fazê-lo”.  Diante desse dilema, Adão e Eva optaram pela morte — tanto física quanto espiritual — o que permitiu a eles mesmos e a sua posteridade adquirirem conhecimento e experiência e participarem do plano de felicidade do Pai que conduz à vida eterna.
A QUEDA DE ADÃO E EVA - A Liahona, junho de 2006.

2 Néfi 2:6–30. A Criação, a Queda e a Expiação
O Élder Bruce R. McConkie (1915 1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, disse o seguinte da relação entre a Criação, a Queda e a Expiação: “Não é possível acreditar em Cristo e em Seu sacrifício expiatório, no sentido verdadeiro e pleno necessário à salvação, sem, ao mesmo tempo acreditar e aceitar a doutrina verdadeira da Queda. Se a Queda não tivesse acontecido, não haveria necessidade de um Redentor ou Salvador. Não é possível acreditar na Queda, na qual se originam a imortalidade e a vida eterna, sem, ao mesmo tempo aceitar a doutrina verdadeira da Criação: se todas as coisas não tivessem sido criadas em um estado em que não existisse morte, não seria possível haver uma Queda e, portanto, não seria possível haver Expiação nem salvação. No plano eterno do Pai era preciso que houvesse a Criação, a Queda e a Expiação, as três entrelaçadas em um único todo” (A New Witness for the Articles of Faith, 1985, p. 82).

Em outra ocasião, o Élder Bruce R. McConkie explicou:
“Os acontecimentos mais importantes de toda a eternidade (…) são a Criação, a Queda e a Expiação.
Antes que nos seja possível começar a compreender a criação temporal de todas as coisas, precisamos saber como estas três verdades eternas — a Criação, a Queda e a Expiação — são inseparavelmente interligadas de modo a formar o plano de salvação. (…) Nenhuma delas está sozinha; cada uma se une às outras duas; e sem conhecimento de todas elas é impossível conhecer a verdade de cada uma. (…)
Mas, lembremo-nos, de que a Expiação veio por causa da Queda. Cristo pagou o resgate da transgressão de Adão. Não houvesse a Queda, não haveria a Expiação com a consequente imortalidade e vida eterna. Assim, tão certo como a salvação é decorrência da Expiação, também a salvação é decorrência da Queda” (ver “Cristo e a Criação”, A Liahona, setembro de 1983, p. 9).

2 Néfi 2:15. O que Era Proibido?
O Presidente Joseph Fielding Smith mostrou como o livro de Moisés nos ajuda a compreender por que o Senhor ordenou a Adão que não comesse do fruto: “O exato motivo por que o Senhor disse a Adão que o proibia de comer do fruto dessa árvore não fica claro na Bíblia, mas no original, como o encontramos no Livro de Moisés, fica bem claro. O que o Senhor disse é que se Adão quisesse permanecer como estava no jardim, não podia comer do fruto, mas se quisesse comer e tornar-se mortal, tinha a liberdade de fazê-lo” [Answers to Gospel Questions, Joseph Fielding Smith Jr. (org.), 5 vols., 1957–1966, vol. 4, p. 81].

2 Néfi 2:22–23. Qual É a Diferença entre Pecado e Transgressão?
O Élder Dallin H. Oaks explicou a diferença entre pecado e transgressão: “A diferença (…) entre pecado e transgressão nos traz à mente o modo cuidadoso como foi redigida a segunda regra de fé: ‘Cremos que os homens serão punidos por seus próprios pecados e não pela transgressão de Adão’ (grifo do autor). Isso nos lembra também distinções feitas pela lei. Algumas ações, como o assassinato, constituem crime porque são inerentemente erradas. Outras, como trabalhar sem licença, constituem crime somente porque são legalmente proibidas. Considerando essa mesma distinção, o que produziu a queda não foi um pecado — algo inerentemente errado — mas uma transgressão — algo errado porque havia sido formalmente proibido. Essas palavras nem sempre têm significados diferentes, mas tal distinção parece significativa no contexto da Queda” (Conference Report, outubro de 1993, p. 98; ou“O Grande Plano de Felicidade”, A Liahona, janeiro de 1994, p. 78).
2 Néfi 2:22–23

Por que a Queda de Adão é essencial a nossa salvação?
2 Néfi 2:22–25. “Adão Caiu para Que os Homens Existissem”
O Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou por que a Queda era necessária:
“A Criação culminou com Adão e Eva no Jardim do Éden. Eles foram criados à imagem de Deus, com um corpo de carne e ossos. Tendo sido criados à imagem de Deus, mas não sendo ainda mortais, eles não podiam envelhecer e morrer. ‘E não teriam tido filhos’ [2 Néfi 2:23] nem passariam pelas provações da vida. (…) A criação de Adão e Eva foi uma criação paradisíaca, uma criação que exigia uma transformação significativa para que eles pudessem cumprir o mandamento de ter filhos e, assim, fornecer corpos para os filhos e filhas espirituais e pré-mortais de Deus.
(…) A Queda de Adão (e Eva) constituiu a criação mortal e efetuou as transformações necessárias em seu corpo, inclusive a circulação de sangue, além de outras mudanças. Eles tornaram- se, então, capazes de gerar filhos. Adão e Eva e sua posteridade também se tornaram sujeitos a ferimentos, doenças e morte” (Conference Report, outubro de 1996, pp. 44–45; ou A Liahona, janeiro de 1997, p. 35).

O Presidente James E. Faust acrescentou o seguinte à descrição de como a Queda afetou Adão e Eva, bem como todos os seus descendentes:
“Devido à transgressão, Adão e Eva, tendo desistido de seu estado de inocência (ver 2 Néfi 2:23–25), foram banidos da presença de Deus. Isto é conhecido em toda cristandade como a queda ou transgressão de Adão. E é a morte espiritual, pois Adão e Eva foram afastados da presença de Deus e receberam o arbítrio ‘para agirem por si mesmos e não para receberem a ação’ (2 Néfi 2:26). Receberam ainda o grande poder da procriação, a fim de lhes ser possível cumprir o mandamento de multiplicarem-se e encher a terra e terem alegria em sua posteridade (ver Gênesis 1:28).
“Toda a posteridade deles foi igualmente banida da presença de Deus (ver 2 Néfi 2:22–26). Entretanto, a posteridade de Adão e Eva era inocente quanto ao pecado original, pois não teve parte nele. Portanto, seria injusto que a humanidade inteira sofresse eternamente pela transgressão de seus primeiros pais, Adão e Eva. Tornou-se necessário desfazer tal injustiça; daí a necessidade do sacrifício expiatório de Jesus em Seu papel de Salvador e Redentor. Devido ao ato transcendental da Expiação, tornou-se possível a toda alma obter perdão dos pecados, que seriam lavados e esquecidos (ver 2 Néfi 9:6–9; Talmage, Regras de Fé, p. 76). Esse perdão, entretanto, está condicionado ao arrependimento e à retidão pessoal” [Conference Report, outubro de 1988, pp. 13–14; ou A Liahona, janeiro de 1997, p. 3 (tradução atualizada)].

As palavras do Presidente Brigham Young (1801–1877) e do Presidente Joseph Fielding Smith ajudam-nos a entender que a Queda de Adão fazia parte do plano de nosso Pai Celestial:
“[Será que Adão e Eva] opuseram-se diretamente a Deus e Seu governo? Não. Mas violaram uma ordem do Senhor e, por causa dessa transgressão, o pecado veio ao mundo. O Senhor sabia que eles assim agiriam, e havia planejado que assim o fizessem” [Discursos de Brigham Young, comp. por John A. Widtsoe, 1954, pp. 102–103; (tradução atualizada)].
“Adão fez apenas aquilo que tinha que fazer. Ele comeu do fruto por uma boa razão, que era abrir a porta para que vocês, eu e todas as outras pessoas viessem a este mundo.
(…) Se não fosse por Adão, eu não estaria aqui, vocês não estariam aqui; nós ainda seríamos espíritos esperando no céu” (Joseph Fielding Smith, Conference Report, outubro de 1967, pp. 121–122).
Em Moisés 5:10–11, aprendemos que Adão e Eva também reconheceram as bênçãos provenientes da Queda. Eles compreenderam os seguintes conceitos:
“Meus olhos estão abertos”. Eles sabiam a diferença entre o bem e o mal (versículo 10).
“Na carne verei a Deus”. A Ressurreição seria possível com a vinda do Senhor Jesus Cristo (versículo 10).
“[Sem a Queda] jamais teríamos tido semente.” Teve início a procriação no mundo (versículo 11).
“[Conhecemos] o bem e o mal.” Adão e Eva tinham o arbítrio para escolher entre o bem e o mal (versículo 11).
“[Conhecemos] a alegria de nossa redenção e a vida eterna que Deus concede a todos os obedientes.” A Expiação passou a ser possível (versículo 11).
O LIVRO DE MÓRMON – MANUAL DO ALUNO – CURSO DE RELIGIÃO 121-122, pp.49-57.

Adão viu-se numa posição tal, que era impossível obedecer a ambos os mandamentos específicos do Senhor. Ele e sua esposa haviam sido ordenados a multiplicarem-se e povoar a terra. Adão ainda não havia caído no estado de mortalidade, mas Eva já; e nessas condições desiguais, os dois não poderiam permanecer juntos e, consequentemente, não poderiam cumprir o mandamento divino quanto à procriação. Por outro lado, Adão desobedeceria a outro mandamento, caso cedesse ao pedido de Eva. Deliberada e prudentemente resolveu seguir o primeiro e maior mandamento; e compreendendo, portanto a natureza de sua ação, ele também partilhou do fruto que crescia na árvore do conhecimento do bem e do mal. As escrituras afirmam o fato de que Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. (TALMAGE – Regras de Fé p.66-67).
O LIVRO DE MÓRMON – MANUAL DO ALUNO - CURSO DE RELIGIÃO 121-122 – INSTITUTO – pp.77-78.





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